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CORPO E CRIANÇA: A (DES)CONSTRUÇÃO DA IMAGEM CORPORAL EM TEMPOS DE CULTURA ADMINISTRADA

Com relação ao desenho como instrumento de obtenção de dados, cabe ressaltar que este não foi utilizado nos moldes psicanalíticos, mas sim, como instrumento para o aprofundamento do diálogo com as crianças. Gobbi (2002, p. 73), ao eleger o desenho como rica ferramenta na pesquisa com crianças, coloca “os desenhos infantis em conjugação à oralidade como formas privilegiadas de expressão da criança”, e 

quando se trata dessa busca, vem o desenho surgir como um grande instrumento de pesquisa, utilizado largamente por pesquisadores das mais variadas áreas. Na escuta de como as crianças veem, expressam, simbolizam e representam o mundo e as relações que mantém com ele nas mais variadas esferas, pesquisadores lançam mão, dentre outros recursos, do desenho infantil, muitas vezes junto à oralidade (GOLDBERG; FROTA, 2018, p. 176). 

As atividades de desenho foram realizadas em quatro dias consecutivos, a saber: desenho e literatura, construção de livro coletivo, espelhamento de desenho e silhuetas. Em “desenho e literatura”, a obra literária lida foi Tudo bem ser diferente, de Todd Parr, e, logo após, iniciaram-se os desenhos e os diálogos com (e entre) as crianças. Para a construção do livro coletivo, a pesquisadora realizou a leitura do conto de fadas A Bela e a Fera de Dulcy Grisolia; em seguida, as crianças foram convidadas a inventar uma história de maneira coletiva, cuja narrativa foi registrada em fichas coladas posteriormente nas folhas do livro. Feito isso, as crianças escolheram as páginas que desejavam ilustrar, com base nos elementos textuais produzidos e colados em suas folhas. Enquanto desenhavam, desenrolaram-se os diálogos sobre a temática do estudo.

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